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A trajetória de MENACHEM BEGIN



Menachem Begin Nasceu em BrestLitovsk, Polônia, em 1913, e, ainda criança viu-se obrigado a fugir com seus pais para escapar das batalhas entre russos e alemães durante a Primeira Guerra Mundial.

Sionista apaixonado desde a mais tenra idade, juntou-se ao Movimento Juvenil Betar, de Zeev Jabotinsky, tendo rapidamente alcançado importantes posições de administração e liderança.

Em 1936 tornou-se o encarregado pelo Betar da Tchecoslovaquia e, em 1938 liderava o Betar da Polônia, uma organização com 100.000 membros onde organizava treinamento paramilitar para defender a comunidade judaica polonesa, transporte de imigrantes judeus “ilegais” para a Palestina, além de oferecer cursos de agricultura e de telecomunicações.


Em 1940, Begin foi preso e levado para um campo de trabalhos forçados na Sibéria pela polícia política de Josef Stalin, a NKVD (precursora da KGB).

Depois da invasão da União Soviética pelos nazistas em 1941, foi liberado devido à sua cidadania polonesa, quando se juntou ao Exército Polonês de Resistência que o enviou para ser treinado, em 1943, à Palestina, então sob Mandato Britânico.


Na Palestina , entrou em contato com a quase inativa Organização Judaica Irgun Tzvai Leumi, com o intuito de preparar um levante contra as autoridades britânicas.

Estes contatos começaram em 1944, data a partir da qual o Irgun aumentou sobremaneira as suas atividades, até o ano de 1947.

Neste período, Begin comandou muitas das operações do Irgun, inclusive o ataque à prisão de Akko, onde oito membros do Irgun tinham sido enforcados, e a destruição dos escritórios da Administração do Mandato Britânico na Palestina, que ficavam no Hotel King David, em Jerusalém.

Depois do estabelecimento do Estado de Israel em 1948, Begin desmobilizou o Irgun.


De 1948 a 1977, Menachem Begin liderou a oposição em Israel e, nos anos 1950, comandou o movimento que se posicionou contra o recebimento de indenizações da Alemanha por conta dos 6 milhões de judeus assassinados pelos nazistas.


Em 1965, Begin fundiu o seu Partido Herut com o Partido Liberal para formar o Partido Gahal (acrônimo para Gush Herut-Liberalim), que, tempos depois, foi a semente para a formação do Likud.

A atmosfera de crise em 1967 permitiu a formação de um Governo de União Nacional, o que, finalmente, levou Begin e outros membros do Gahal para o Gabinete.

Este governo se manteve até 1970, quando Begin insistiu que Israel só aceitasse um cessar-fogo no Canal de Suez, caso Nasser, o Presidente egípcio, concordasse em assinar um tratado de paz onde reconhecesse o Estado de Israel.


Em 1977 Begin foi eleito Primeiro-Ministro e, como tal, foi um dos principais atores no processo de paz com o Egito.

Em 1978, Begin, auxiliado pelo chanceler Moshe Dayan e o ministro da Defesa, Ezer Weizman, negociou o Acordo de Camp David, e em 1979 assinou o Tratado de Paz com o Egito junto com o presidente Anwar Sadat.

Sob os termos do tratado, negociado pelo presidente dos EUA, Jimmy Carter , Israel entregou a península do Sinai em sua totalidade para o Egito. O tratado de paz com o Egito foi um divisor de águas na história do Oriente Médio, sendo a primeira vez que um estado árabe reconheceu a legitimidade de Israel, enquanto Israel efetivamente aceitou a princípio de servir como modelo de paz para resolver o conflito árabe-israelense .


Quase de imediato, a imagem pública de Begin de um nacionalista radical irresponsável foi transformado para um estadista de proporções históricas.

Essa imagem foi reforçada pelo reconhecimento internacional que culminou com ele sendo premiado, juntamente com Sadat, com o Nobel da Paz em 1978.


O governo de Begin foi marcado por grandes investimentos em programas para o desenvolvimento de comunidades pobres, além da busca incessante pela liberalização da economia israelense.


Em 1981 Begin ordenou um ataque da Força Aérea Israelense, que destruiu uma Usina Nuclear no Iraque, onde se suspeitava estarem sendo desenvolvidas armas atômicas. Apesar de Israel, à época, ter sido condenado de forma unânime pela Comunidade Internacional, ficou claro durante a Guerra do Golfo, em 1991, ter sido a ação israelense a responsável pela obstrução do caminho do Iraque rumo às armas atômicas.


Em 06 de junho de 1982, o governo de Begin autorizou a invasão do Líbano pela Força de Defesa de Israel, em resposta à tentativa de assassinato do embaixador israelense no Reino Unido, Shlomo Argov.

No começo estava se esperando por uma limitada participação israelense que iria destruir infra-estruturas militares e políticos da OLP no sul do Líbano, e remodelar efetivamente o equilíbrio de poder em favor dos libaneses que foram aliados de Israel. No entanto, a luta logo se transformou em uma guerra com as milícias libanesas e palestinas.


Begin se aposentou da política em agosto de 1983 e entregou as rédeas do escritório do primeiro-ministro a seu velho amigo de armas Yitzhak Shamir, que tinha sido o líder da lei de resistência aos britânicos.

Como tinha ficado profundamente decepcionado com a guerra no Líbano, pois ele tinha a esperança de estabelecer a paz com Bashir Gemayel, que foi assassinado.

Em vez disso, houve baixas israelenses. A morte de sua esposa, Aliza, em Israel, enquanto ele estava fora, em visita oficial a Washington DC, aumentou a sua depressão. Após a morte de sua esposa, Begin raramente deixava seu apartamento, geralmente, para visitar o túmulo de sua esposa para dizer a tradicional oração para os falecidos. Sua solidão foi vigiada por seus filhos e pelo seu secretário pessoal Yechiel Kadishai, que o acompanhou em todas as reuniões.


Begin morreu em Tel Aviv, em 1992, e teve uma cerimônia simples e sepultamento no Monte das Oliveiras.

Ele pediu para ser enterrado lá, em vez de Monte Herzl, onde a maioria dos líderes israelenses estão, porque ele queria ser enterrado ao lado de Meir Feinstein do Irgun e Barazani Moshe de Lehi.



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