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THEODOR HERZL




“Na Basiléia foi fundado o Estado Judeu... Talvez daqui a cinco anos, com certeza em cinquenta, todos se darão conta disso"


O criador do Sionismo político

O inventor do sionismo, nasceu em Budapeste em 1860. Foi educado no espírito do iluminismo, tendência filosófica e política do século XVIII, que dominava o cenário europeu naquela época.

Em 1878, após a morte de sua única irmã, a família se mudou para Viena, e, em 1884 Herzl terminou o curso de Direito na Universidade de Viena. Com o tempo, convencido de que sua verdadeira vocação era o jornalismo, abandonou o direito e passou a se dedicar às letras, tornando-se, também, escritor, autor de peças teatrais e jornalista.

Foi correspondente, em Paris, do influente jornal vienense, o liberal Neue Freie Presse, de onde mandava artigos que causavam impacto.


Seu primeiro encontro com o antissemitismo, que iria moldar a sua vida e o destino dos Judeus no século XX, foi ainda como estudante na Universidade de Viena.

Mais tarde, durante a sua estadia em Paris, ele foi colocado frente a frente com o problema.

Nessa época, ele passou a considerar que o antissemitismo era, na verdade, uma questão social e escreveu uma peça teatral, O Gueto (1894), onde a assimilação e a conversão de judeus era rejeitada como solução para o problema.

Ele esperava que o drama ativasse o debate na sociedade e encaminhasse a questão para uma solução, baseada em tolerância e respeito entre católicos e judeus.


O Caso Dreyfus

Em 1894, o Capitão Alfred Dreyfus, um oficial judeu do exército francês, foi injustamente acusado de traição, principalmente pela facilidade com que o antissemitismo vicejava à época.


Herzl testemunhou multidões que saíam às ruas para gritar “morte aos judeus”, na França, berço da Revolução Francesa, e chegou à conclusão que só existia uma única solução para esse problema: a imigração em massa de judeus europeus para uma terra que pudessem chamar de sua.

Assim, considera-se que o Caso Dreyfus é um dos fatores determinantes para o surgimento do Sionismo Político.

Herzl concluiu que o antissemitismo era uma mal perene e imutável, enraizado na sociedade europeia, que nem a assimilação poderia resolver.


Ele desenvolveu a ideia da soberania judaica, e, a despeito de ter sido ridicularizado pelos líderes comunitários judeus, escreveu, em 1896, “O Estado Judeu”.

Nesta obra, Herzl argumenta que a essência do problema judaico não era particular, mas nacional e declarou que os judeus só seriam aceitos na comunidade mundial ao se tornarem uma nação como as outras.

Ponderou que os judeus eram um único povo, e essa condição poderia se transformar numa força positiva através do estabelecimento de um Estado Judeu, com a aprovação das grandes potências mundiais. Para ele, a questão judaica era uma questão política internacional e deveria ser debatida nas arenas políticas internacionais.


Herzl propôs um programa de arrecadação de fundos junto a judeus ao redor do mundo, através de uma organização comunitária que trabalharia na consecução desta meta (essa organização, quando foi finalmente fundada, recebeu o nome de Organização Sionista Mundial).

Ele via esse Estado como sendo um estado socialista modelo, neutro, partidário da paz e de natureza secular.


No seu romance denominado Altneuland (Old New Land, 1902), Herzl imaginou o futuro Estado Judeu como uma utopia socialista. Ele previu uma nova sociedade que iria nascer na Terra de Israel, cooperativista, e que se utilizaria da ciência e da tecnologia para o seu desenvolvimento.


Neste livro foram incluídas ideias detalhadas sobre como ele via o futuro estado nas áreas de estruturação política, imigração, diplomacia, captação de recursos e legislação social, bem como a relação entre a religião e o estado.

No Altneuland, o Estado Judeu é descrito como uma nação pluralista, uma sociedade moderna e avançada, uma “luz entre as nações.” Este livro teve um grande impacto entre os judeus da época e se tornou um símbolo da visão sionista sobre a Terra de Israel.



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